Trânsito da cidade de São Paulo tem 237 mortes nos três primeiros meses do ano

  • 08/05/2024
Na terça-feira (7), dois acidentes graves envolvendo ônibus foram registrados num intervalo de 6 horas na capital; sobre os casos, a SPTrans disse que o programa de redução de acidentes de trânsito apura a ocorrência. No entanto, o projeto não foi implementado na prática. Trânsito da cidade de São Paulo tem 237 mortes nos três primeiros meses do ano Dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de SP) mostram que 237 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito na cidade de São Paulo nos primeiros três meses de 2024. Os atropelamentos são a principal causa de mortes Em muitos desses casos, os ônibus estão envolvidos E os pedestres são as principais vítimas. Em seis horas, foram dois acidentes graves envolvendo ônibus na capital: Por volta das 7h desta terça-feira (7), em Pirituba, na Zona Norte, um homem de 62 anos foi atropelado enquanto atravessava numa faixa de pedestres quase totalmente apagada. Ele foi levado de helicóptero para o Hospital das Clínicas. Perto das 13h, na Vila Carrão, na Zona Leste, a vítima foi uma mulher: Rosemary Silva, de 66 anos. Ela morreu ao ser atropelada por um ônibus quando tentou atravessar correndo, pela faixa de pedestres, a Avenida Dezenove de Janeiro, na Vila Carrão, Zona Leste da capital. Sobre os dois casos – e em todos os outros 17 atropelamentos por ônibus deste ano –, a SPTrans deu a mesma resposta: o programa de redução de acidentes de trânsito, o PRAT, apura a ocorrência. Por meio da Lei de Acesso à Informação, o SP2 perguntou à empresa qual a estrutura desse programa, quantas pessoas trabalham nele, qual o orçamento e o que ele faz na prática. A resposta foi que o PRAT é ligado ao Centro de Operações da SPTrans e não tem nem equipe nem orçamento próprios. O decreto que criou o programa em 2007 afirma que o PRAT deveria: Ter um conselho consultivo, presidido pelo secretário de Transportes; Contar com especialistas no assunto; E um comitê que fica subordinado a esse conselho; No entanto, nada disso saiu do papel. Gláucia Pereira, do Instituto Multiplicidade, diz que o PRAT não pode ser apenas uma resposta padrão depois de um acidente. "A SPTrans e a prefeitura ficam muito distantes dos motoristas de ônibus, porque os motoristas são funcionários das empresas concessionárias e permissionárias. Então, não adianta a prefeitura ficar tratando disso com o chefe dos motoristas. Precisa conversar, de fato, e essas pessoas precisam participar desses programas", explicou a especialista em mobilidade. "Não é simplesmente um indicador que, depois que a gente tem mortos e feridos, a gente vai verificar. Não pode acontecer. A gente tem que entender que morrer no trânsito não é normal, e a prefeitura não pode tratar isso como algo simplesmente burocrático”, completou Gláucia. A SPTrans disse que o programa de redução de acidentes de trânsito não foi implementado como o decreto manda, ou seja, a prefeitura não cumpriu o decreto da própria prefeitura. A Prefeitura de São Paulo informou, no entanto, que o PRAT foi responsável pelo afastamento de diversos motoristas, pelo treinamento de 24 mil motoristas em 2023, além de promover ações para melhorar a segurança no trânsito envolvendo motoristas e pedestres.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/05/08/transito-da-cidade-de-sao-paulo-tem-237-mortes-nos-tres-primeiros-meses-do-ano.ghtml


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